Sono – Haruki Murakami

Olá! Ou eu deveria dizer, konnichiwa? 😀 Após milhares de anos, cá estou novamente me redimindo por ter ficado tanto tempo sem postar. Vou pular as explicações e ir direto ao ponto: minhas impressões sobre Sono, do escritor japonês Haruki Murakami.

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Ainda que esse livro tenha sido lançado no Brasil há pouco tempo, descobri que sua publicação original é lá de 1989! E o autor também escreveu a trilogia 1Q84, que tenho a impressão de ser sua obra mais conhecida por aqui. Sono é, na verdade, um conto, e essa edição conta com ilustrações da berlinense Kat Menschik, as quais dão um charme deveras psicodélico à obra, visto que a história trata sobre a privação do sono.

Creio eu que o livro possa nos levar à diversas interpretações. A personagem sem nome é uma mulher casada e com filho. Em um dia qualquer da sua vida de dona de casa, ela simplesmente para de dormir. E são nos momentos em que deveria estar dormindo que aparenta estar vivendo mais, ela sai da sua rotina mecânica e robotizada. Ela mesma percebe o quanto suas atitudes “acordadas” não passam de ações e reações já pré-determinadas pelo comodismo da rotina diária. Durante a noite, enquanto o marido e filho – e o resto das pessoas – dormem, ela se redescobre. Decide reler Anna Karerina (Tolstói), volta a comer chocolate e aproveita um pouco para beber conhaque, todas as coisas que com o tempo ela parara de fazer. E tudo isso acontece após dias sem dormir, não falo de 2 ou 3, mais de 17 dias nessa rotina noturna mais vívida que a diurna.

Ela passa a refletir sobre muitas coisas, sobre sua vida, seu relacionamento com o marido, sobre como sua vida era quando lera Tolstói pela primeira vez, suas impressões sobre a história e como ao ler Anna Karerina anos mais tarde a fez ter outras análises da obra. Mesmo estando sem dormir por tanto tempo, ela parecia mais acordada do que nunca. Chega um momento que ela passa a refletir sobre a morte, sobre o que seria estar morto e que sentimento seria esse. Será que ela se sentia morta em sua vida diurna? Por que ela parou de dormir? Por que ela não sofria nenhuma consequência fisiológica dessa privação? A personagem passa a realizar alguns questionamentos e, por sua vez, acabamos fazendo o mesmo.

Se a morte é isso, é muito cruel. Se a morte não significa o descanso eterno, qual seria a salvação para as nossas vidas tão imperfeitas, tão cheias de incertezas? Ninguém sabe o que é a morte. Quem de fato a presenciou? Ninguém. A não ser quem já morreu. Entre os vivos, ninguém pode dizer o que é a morte. Aos vivos só resta fazer suposições. E a melhor suposição é apenas isso, uma suposição. Dizer que a morte é o descanso não faz sentido. A verdade só é revelada quando a pessoa morre. Nesse sentido, a morte pode ser qualquer coisa.

A experiência de ler essa obra foi interessante, confesso que ainda estou processando o final. A história não vai muito além daquilo que eu apresento aqui, essa é a premissa. Penso que há muito que se analisar e refletir na história, o livro nos leva à reflexões por meio de tantas metáforas, algumas talvez não tão claras à princípio. Talvez precisamos acordar desse sono que é as nossas vidas, assim como a personagem do livro o fez.

Postado por Adriana

Nerdcast: o podcast do Jovem Nerd

Oi, gente! Como vão todos? Hoje queria dividir algo com vocês que ando viciada em ouvir, o Nerdcast!

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Primeiramente, caso vocês não conheçam, tenho que apresentar o Jovem Nerd, um site voltado à cultura nerd e comandado pelo Alexandre Ottoni (o Jovem Nerd) e Deive Pazos (Azaghâl). O site também conta com outros calaboradores, mas são os dois que representam a marca Jovem Nerd e comandam os programas semanais do grupo, como o NerdOffice, o qual discutem temas e notícias do mundo nerd, o NerdPlayer, focado em games, e o Nerdcast, o primeiro podcast nerd do Brasil, criado em 2006. Os caras são muito animados e todo trabalho deles envolve muito bom humor, é divertido demais acompanhar esses projetos. Já havia assistido alguns vídeos do NerdOffice e até uma review do NerdPlayer, mas algo que não paro de acompanhar é o NerdCast, o qual me foi apresentado pela minha companheira de blog, a Monike! ❤

Então, por que o Nerdcast é tão legal? É um papo bastante informal entre os caras do Jovem Nerd junto a convidados variados, e muitas vezes especialistas, relacionados ao tema da semana. Eles falam de ciência, história, literatura, games, quadrinhos, filmes e TV. Tudo de um jeito descontraído e cheio de bom humor. A duração do programa dura em média 1h, às vezes mais, às vezes menos, depende do tema. E como a minha aula do Mestrado é em outra cidade e uma vez por semana preciso fazer uma viagem de mais ou menos 6h de ônibus (contando ida e volta juntas), aproveito esse tempo para escolher vários temas legais e minhas viagens agora passam até bem rápido. Também costumo ir para o trabalho a pé e ultimamente tenho deixado de ouvir música para acompanhar o Nerdcast até enquanto caminho, às vezes preciso me aguentar para não rir alto na rua.

A Monike me indicou o Nerdcast sobre a Linguagem. Um tema que gosto demais e, claro, relacionado a minha formação acadêmica. Achei tão genial a forma que foi apresentado algo que, acreditem, é cheio de complexidades e ainda de uma forma muito divertida que eu fiquei curiosa para ouvir outros temas. Meus preferidos são de Ciência, Comportamento, Viagens, Lendas e Mistérios e, bem, na verdade tenho vários. Como o programa está no ar há quase 10 anos, obviamente tem muitos Nerdcasts que não ouvi, às vezes costumo procurar por temas ou pelos participantes (já até tenho meus preferidos). Vou listar aqui alguns que gostei demais e recomendo, vou me conter e deixar a lista curtinha. Dá pra ouvir online e baixar. E, se ainda não conhecem, dêem uma olhada no site e nos programas do Jovem Nerd, tem muita coisa legal por lá.

Nerdcast #462 – A Ciência da Linguagem
Nerdcast #476 – Viajar é se F*der
Nerdcast #475 – Profissão Cientista
Nerdcast #454 – Sal, Açúcar e Gordura
Nerdcast #466 – Mad Max Fury Road: Testemunhem!
Nerdcast #473 – A Ciência do Medo

Postado por Adriana

O incrível trabalho de Chiara Bautista

Olá, gente linda! Peço desculpa pelo sumiço, este mês de julho foi uma correeeeria, com direito a viagens e muito trabalho! Mas agosto já está aí, e para me redimir com o blog quero mostrar pra vocês o incrível trabalho artístico de Chiara Bautista.

Aos 38 anos e natural dos EUA, Chiara cria desde desenhos e pinturas digitais até tirinhas, e os divulga em sua página do Facebook. Em entrevista, quando questionada sobre a origem das inspirações para a sua arte, Chiara diz que os personagens que cria são um presente para as pessoas que ama. Ela ainda menciona ter muitos projetos futuros para desenvolver graphic novels, porém confessa que contar uma história frame por frame é bem mais difícil do que apenas ilustrar. Vamos torcer para que ela leve estes projetos adiante, pois eu compraria uma HQ dela facinho, facinho POR FAVOR MULHER, shut up and take my money.

O trabalho de Chiara é… lindo e diferente. Sabe quando a arte te toca? Eu realmente me encantei por essa mistura de criaturas misteriosas, surreais e mágicas. Não sei explicar, mas há algo de muito profundo nos desenhos, uma delicadeza melancólica que fala direto com o meu coração. Pessoalmente, os meus desenhos preferidos são os da menina com o lobo.

Selecionei algumas das que mais gosto pra vocês: 

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Essa coisa meio lúdica me lembra um pouco Sandman (que aliás, já demorei pra ler, né). Na boa, se Chiara fizesse HQs eu compraria todinhas! Imagina que história incrível isso daria? ❤

Postado por Monike

TAG – Descobrindo Novos Blogs

Antes tarde do que nunca, cá estamos pra responder a TAG a qual fomos nomeada pela Bah – O Blog da Bah! Valeu, girl!

Regras:
Responder as perguntas realizadas por quem te nomeou.
Criar 10 perguntas para as seguintes bloggers responderem.
Nomear 3 a 10 bloggers para esta tag e avisá-las da nomeação.

Vamos lá!

Um lugar que adoraria visitar.
Adri: Olha, adoro viajar e poderia listar vááarios lugares que ainda não conheci, fica difícil escolher um só. No momento, eu e a Mô estamos querendo ir pra Argentina e/ou Chile, mas tá difícil conciliar nossos horários livres haha.
Mo: Difícil, por mim conheceria um pouquinho de tudo nesse mundão! Mas eu adoraria ir para a Itália (acho romântico), Amsterdã e Nova Zelândia.

Duas pessoas que adoraria conhecer.
Adri:
Hm, sabe que não sei? haha.
Mo: 
Parece bobo, mas o Jovem Nerd e o Azaghal? Haha, sempre penso que seria divertido conhecê-los, já que ouço quase que diariamente o Nerdcast (até no trabalho). Claro que gostaria de conhecer mais um monte de gente, mas eles foram os primeiros que passaram pela cabeça.

Três livros favoritos de gêneros diferentes.
Adri:
Definir coisas favoritas para mim é tão difícil.
Mo: 
Concordo com a Adri!

Quatro desenhos animados que assistia quando criança.
Adri:
Doug Funny, O Fantástico Mundo de Bob, Rugrats – Os Anjinhos e Pokémon.
Mo:
Tom e Jerry, Pokémon, Digimon, Os Flintstones.

Cinco músicas que não cansas de ouvir.
Adri:
No momento são: BoA – Eien, MS MR – Hurricane , Girls’ Generation – Flower Power, Jimi Hendrix – All Along The Watchtower e Sia – Free the Animal.
Mo:
Acho que isso é muito coisa de momento… As de agora são: Deftones – Sextape (viciei mesmo), Bob Dylan – Mr. Tambourine Man, Cazuza – Quase um segundo, Maria Bethânia – Dama do Cassino, Vance Joy – Riptide.

Qual é a melhor parte de ter um blog?
Adri:
É mais como um hobby pra mim. Gosto de me impor tarefas e, no caso do blog, fazer minha lista de livros a serem lidos diminuir (só que vai aumentando quando visito outros blogs haha), sempre fico pensando o que posso postar e qual outro assunto posso abordar; além também de conhecer outros blogs com sugestões e textos bem bacanas.
Mo: 
É muito legal quando você indica algo e vê que se interessaram pela sua recomendação. Embora a gente tenha poucos leitores, fazemos isso como hobby. Além do mais, fazer resenhas te ajuda a recapitular a história que você acabou de ler e te incentiva a ler mais livros.

Gostaria de ter nascido em outro período histórico? Se sim, qual?
Adri:
Olha, acho que não, hein. Independente do período, acredito que iria achar defeito e ficaria insatisfeita haha Viver o agora tá bom mesmo, ainda que eu tenha saudades dos anos 90 e das coisas dos anos 80 que eu ainda curto.
Mo:
Sim! Eu sempre pensei que não fui feita pra essa época, talvez nem pra esse planeta, rs. Mas sério, eu gostaria de ter nascido lá pelos anos 70/80.

Tens medo de quê?
Adri:
Medo de não viver o suficiente, de não aproveitar as coisas.
Mo: 
Medo de não ser boa o bastante – em algo ou com alguém – importante…

Tens tatuagem?
Adri:
No momento não, tenho várias ideias, mas nunca consigo decidir bem o que fazer e onde fazer.
Mo:
Tenho um pássaro com ornamentos no braço, que fiz por causa do poema Bluebird do Bukowski. Mas já tenho ideia pras próximas, pó mete uns rabixco aí meu querido!

Primavera, verão, outono ou inverno?
Adri:
Primavera e Outono :3
Mo:
Inverno, coisa linda!

Perguntas:
Algo que você realmente sente falta da sua infância
Abra seu coração e nos conte um guilty pleasure
O melhor filme que você viu em 2015 foi:
Uma música que lembra um momento importante/especial seu
Top 3 de suas séries preferidas
Sua novela preferida (vamos lá, todo mundo tem)
Se o mundo acabasse hoje, o que você estaria fazendo agora
O que mais te irrita nas pessoas
Qual hábito estranho você tem
O que você acha essencial em um blog

Lista dos Indicados
Leituras da Lee
2books 4films
Redundâncias
Behing the Glasses
Livros e Aventuras

That’s all, folks!

Postado por Adriana e Monike

3rd Rock From The Sun [Série]

Oi, oi, oi! Andei beeem afastada do blog, eu sei, estava ocupada com obrigações acadêmicas, depois tive uma mini-férias, mas no meu tempo livre só assistia séries, não andei lendo muita coisa. Então hoje vou falar um pouquinho sobre uma série que eu acho divertidíssima, e mesmo não assistindo sempre, vez ou outra eu adianto uns episódios e estou sempre recomendando pra todo mundo.

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3rd Rock from the Sun é uma sitcom americana já bem antiga. Foi ao ar entre 1996 e 2001 e possui 6 temporadas. A premissa é até bem simples: um grupo de quatro alienígenas é enviado ao Planeta Terra numa expedição para adquirir conhecimentos sobre o modo de vida dos seres humanos. O humor da série vem das tentativas de entender as relações humanas, a vida em sociedade e todo e qualquer sentimento que um humano possa ter. É quase como a relação de um estrangeiro em um país de cultura diferente, só que estamos falando de extraterrestres que agem de forma bem curiosa, e até sem muita noção, diante de conceitos simples da vida.

serie-3rdrock8Os quatro vão morar numa pequena cidade em Ohio e se organizam parar viver como a família Solomon: Dick, o líder da expedição passa a ser o pai de família; Tommy, o mais velho do grupo e mais esperto, assume o corpo de adolescente, filho de Dick; Sally e Harry se passam por irmãos de Dick e são, respectivamente, o oficial de segurança que assume corpo de mulher, e oficial de comunicação, responsável por estabelecer contato com o chefe da galáxia. Eles não só passam a viver em corpos humanos, mas têm sentimentos e sensações como qualquer outra pessoa (amor, inveja, felicidade, orgulho, desejos etc), só que eles desconhecem todos eles, assim gerando novas descobertas nessa expedição.

Aqui eu preciso fazer um adendo aoserie-3rdrock6s atores da série. Dick é interpretado por John Lithgow (o Trinity de Dexter e o pai do Barney de How I Met Your Mother). Quando o vi em Dexter interpretando um serial killer não imaginava como ele seria tão bom na comédia! Fico sempre admirada com atores e atrizes que conseguem fazer ambos papeis dramáticos e cômicos de forma tão exemplar. E ao falar de Tommy, acho que ficou perceptível que o ator é o Joseph Gordon-Levitt, de filmes como 10 Coisas que Eu Odeio em Você ( ❤ ), 500 Dias com Ela, Don Jon, Looper, enfim, vocês já devem ter visto ele por aí (ou já devem ter percebido que eu conheço muito a filmografia dele). Não sabia que ele havia começado tão cedo a atuar e já o fazia tão bem, o Tommy está sempre fazendo novas e engraçadas observações sobre a puberdade e a forma como os adolescentes agem. O papel de Sally fica ao cargo de Kristen Johnston, sempre me diverti com seus papéis na comédia, e a extraterrestre Sally Solomon é muito engraçada, principalmente por retratar um alienígena em corpo de mulher. Ela descobre em si mesma desejos maternais que a fazem querer “aquelas coisinhas pequenas de carregar” – bebês – e se impressiona com sua sedutora forma humana que faz os homens gostarem dela. Harry (French Stewart) é o personagem mais sem noção de todos. Sério. Ele está sempre tendo dificuldades em se comportar socialmente e a entender os costumes dos terráqueos, assim gerando situações bem cômicas. Há ainda outros personagens bem recorrentes que se envolvem com a família Solomon, e são nessas interações que os alienígenas vão aprendendo mais sobre os humanos e a vida na Terra, um prato cheio de descobertas bizarras e divertidas.

Espero que curtam a dica, é uma série muito divertida que eu costumo ver sem compromisso, mas que gosto bastante. 🙂

Postado por Adriana